Sucre, Bolívia, 2005.
Vê o ônibus parado. 3 da manhã. Bate na porta e o motorista abre. Trocam palavras sem qualquer gesto que, à distância, possa servir de indício. Dá seis tiros. Abre a porta se inclinando sobre o corpo ensangüentado ao volante. Desce, cospe, acende um cigarro e segue.
Testemunhas dizem haver um motivo mas não sabem apontar qual.
Corre pra pegar o ônibus que espera os minutos no ponto final. Bate à porta e entra medido de cima abaixo pela motorista que depois de algumas palavras o engole até os culhões. Ela ainda desvia o itinerário para deixa-lo na porta de casa.
Entrou no ônibus, 3 da manhã, parado no ponto final onde nunca tinha ido. Demorou alguns minutos pra reconhecer [vasculhando a memória] o amigo de infância sentado na direção. Conversaram por horas no boteco ali perto e o ônibus não partiu.
Entrou no ônibus e lembrou que tinha esquecido a sacola no restaurante. Quando voltou o ônibus não estava mais lá.
Bz
31.5.07
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