12.5.09

˙Ao avançar um dia no porto de Pireu, para além do muro norte da cidade, Leôncio avistou os corpos de alguns criminosos que jaziam por terra e o executor, de pé, ao lado. Quis ir até lá e vê-los, mas, ao mesmo tempo, sentiu repulsa e tentou desviar-se. Lutou durante algum tempo e cobriu os olhos, mas, por fim, o desejo foi excessivo para ele. Abrindo bem os olhos, correu até o corpo e gritou. ˙Pronto, aí está, olhos malditos, regalem-se à vontade com essa bela visão.˙

Da Sontag, ˙Diante da Dor dos Outros˙.

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