6.5.07

Casa do Rojão, Serra, 2006

Subimos a serra de Santos cheirando merda de criança. Minha senhora (reparem no ˙minha Senhora˙ O que é isso? Deboche, cansaço? Desdém? Sarcasmo, sei lá.) recém-acendeu o cigarro de baixo teores. A fumaça corta um pouco o cheiro da merda e dá uma pontinha de tesão ao sair de fininho pelo quebra-vento...As crianças choram. Ela acende outro cigarro. As crianças enjoam. Meu saco na ˙zorba˙. O carro fede merda e as fraldas...onde estão as fraldas? Antes que ela fale ˙esquecemos na casa da mamãe˙ O Diego está assado. Eu não queria este nome. A mãe disse para não se afastarem dos adultos... Porque eu nunca havia reparado nos pés da minha senhora. Poderia ter evitado tudo...
Do ˙Adeus Rua Butantã˙ no ˙Fátima fez os pés para mostrar na choperia˙, Marcelo Marisola, ed. Estação Liberdade.

5 comments:

Anonymous said...

A associação cultural Espaço Livre Casa do Rojão recebe hoje mais um evento que promete marcar profundamente sua história. É pena não estar ali para uma interação in loco nos quatro dias de duração prevista do evento. O Espaço pretende explorar os limites dos corpos expostos a música e esbórnia com rabada.

Anonymous said...

Bacalhau com batata e carne de sol diretamente de recife fizeram a alegria da moçada que precisou de umas certas doses pra matar a sede por lá. Tava grande a sede. ai, ai..

Anonymous said...

o paulinho diria: ˙Nego tirava o sapato, ficava à vontade, comia com a mão...˙

rogesmorais said...

Por um acaso vc sabe de quem são todos esses pares de pernas e pés?
rsrsrs!

Anonymous said...

ih rapá, sei mesmo não
vamos fazer uma enquete. reconheça a sua perna!
sorte aí, anfitrião
abraço.